Sonhos se sonham junto...

A nossa realidade é construida no nosso dia-a-dia! E quem disse que ela não muda? Sigo sonhando, os mesmos sonhos de anos atraz, de gerações atraz...o sonho da resistência, da luta por um mundo melhor!!! Doces sonhos compartilhados por tantos guerreiros e guerreiras...

31 janeiro 2007

Companheira Bete e Luis Carlos Prestes

Nos anos 70 eu era estudante de sociologia e trabalhava numa indústria, a SAMBRA, eu participava dos movimentos estudantis com menos intensidade, já que fiz a opção de militância no mov. operário. Fui "convidada" p participar de um encontro da política operária para o qual tinha sido convidado Luis Carlos Prestes.
Começamos a preparar o material do encontro e o rodávamos num mimeógrafo (na época não tinha nem computador nem impressoras). Levamos esse material num fusquinha velho para o local do encontro, sigiloso, como nossas identidades, protegidas por codinomes. Os participantes do encontro foram surpreendidos por um blitz na altura d Piatã, que estava parando todos os carros, eu estava no fusquinha com alguns companheiros e o material, e comecei a rezar, pois tive medo de ser presa por subversão. Por benção de Deus, o nosso carro foi o único que não foi parado.
Mais tarde, quando os companheiros chegaram, ninguém entendeu o fato de termos escapado, fazendo gazação, dizendo que o "Deus da companheira" tinha nos salvado! (o que aconteceu não sei, o fato é que fomos os únicos que não fomos parados, e levávamos todo o material. Para mim, foi mesmo uma benção divina!)
No outro dia o grupo me deu a tarefa de tentar descobrir o que tinha acontecido, já que não tínhamos nenhuma comunicação.Mas tarde soubemos que os militares suspeitaram que estava chagando um exilado clandestinamente no país.
Do encontro eu guardo o sentimento de irritação e cansaço que tive por uma discursão que durou uma manhã a cerca da natureza do evento.Se era um congresso, uma convergência, um seminário...
De inesquecível a imagem que não se perde de Prestes (ou do Comandante) sentado no banquinho no final da tarde me dizendo "A juventude vai na frente fazendo a fanfarra e os trabalhadores vêm logo atrás fazendo a revolução, as duas frentes são impressindíveis".

A Companheira Bete é, na verdade, Maria Moraes (ou Mara para amigos e familiares), minha querida madrinha, foi militante do movimento operário em Salvador, na época da ditadura militar. Dinda Mara, essa pessoa meiga, que é um dos grandes orgulhos de minha vida, me ensinou tudo o que sei sobre revolução e ser revolucionário, espero poder escrever algumas de suas aventuras aqui, ou compartilhar um pouco do que me foi ensinado!

5 Comments:

  • At 12:18 AM, Anonymous Anônimo said…

    =P
    tia mara, do pt. Acho que vou conhecer ela no carnaval, mas sobre o pt... =/
    Qualquer forma acredito que ainda existe bons revolucionários lá.

    E tu também serás uma.Aracaju aguarda.

    Te amo nega.

     
  • At 9:13 PM, Anonymous Anônimo said…

    kkkkkkkkkkkkkkk
    mae jubalina revoltou com o PT
    =o*
    vem logo, more!

     
  • At 11:03 AM, Anonymous Anônimo said…

    bem... troxinha ja acabou, meu xuxu!
    =o*
    Tam

     
  • At 11:05 AM, Anonymous Anônimo said…

    ben harper cantou she's only happy in the suuuuuuuuunnnnnnnnnnnn
    ?
    =o*

     
  • At 3:42 PM, Blogger Neguinha da Fé said…

    ooooooooooooooooOOOOOOOoooooooooooooooOOOOOOOOOoooooooooooooo

    essa ultima frase foi a coisa mais linda q alguem digitou por esses ultimos dias.

    e eu disse essa frase prum colega meu e disse q só sabia da existencia dela por causa de uma amiga minha.

    daí ele perguntou o nome da amiga.

    o q é q c queria q eu fizeese, po?


    :P

     

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