Companheira Bete e Luis Carlos Prestes
Nos anos 70 eu era estudante de sociologia e trabalhava numa indústria, a SAMBRA, eu participava dos movimentos estudantis com menos intensidade, já que fiz a opção de militância no mov. operário. Fui "convidada" p participar de um encontro da política operária para o qual tinha sido convidado Luis Carlos Prestes.
Começamos a preparar o material do encontro e o rodávamos num mimeógrafo (na época não tinha nem computador nem impressoras). Levamos esse material num fusquinha velho para o local do encontro, sigiloso, como nossas identidades, protegidas por codinomes. Os participantes do encontro foram surpreendidos por um blitz na altura d Piatã, que estava parando todos os carros, eu estava no fusquinha com alguns companheiros e o material, e comecei a rezar, pois tive medo de ser presa por subversão. Por benção de Deus, o nosso carro foi o único que não foi parado.
Mais tarde, quando os companheiros chegaram, ninguém entendeu o fato de termos escapado, fazendo gazação, dizendo que o "Deus da companheira" tinha nos salvado! (o que aconteceu não sei, o fato é que fomos os únicos que não fomos parados, e levávamos todo o material. Para mim, foi mesmo uma benção divina!)
No outro dia o grupo me deu a tarefa de tentar descobrir o que tinha acontecido, já que não tínhamos nenhuma comunicação.Mas tarde soubemos que os militares suspeitaram que estava chagando um exilado clandestinamente no país.
Do encontro eu guardo o sentimento de irritação e cansaço que tive por uma discursão que durou uma manhã a cerca da natureza do evento.Se era um congresso, uma convergência, um seminário...
De inesquecível a imagem que não se perde de Prestes (ou do Comandante) sentado no banquinho no final da tarde me dizendo "A juventude vai na frente fazendo a fanfarra e os trabalhadores vêm logo atrás fazendo a revolução, as duas frentes são impressindíveis".
A Companheira Bete é, na verdade, Maria Moraes (ou Mara para amigos e familiares), minha querida madrinha, foi militante do movimento operário em Salvador, na época da ditadura militar. Dinda Mara, essa pessoa meiga, que é um dos grandes orgulhos de minha vida, me ensinou tudo o que sei sobre revolução e ser revolucionário, espero poder escrever algumas de suas aventuras aqui, ou compartilhar um pouco do que me foi ensinado!
Começamos a preparar o material do encontro e o rodávamos num mimeógrafo (na época não tinha nem computador nem impressoras). Levamos esse material num fusquinha velho para o local do encontro, sigiloso, como nossas identidades, protegidas por codinomes. Os participantes do encontro foram surpreendidos por um blitz na altura d Piatã, que estava parando todos os carros, eu estava no fusquinha com alguns companheiros e o material, e comecei a rezar, pois tive medo de ser presa por subversão. Por benção de Deus, o nosso carro foi o único que não foi parado.
Mais tarde, quando os companheiros chegaram, ninguém entendeu o fato de termos escapado, fazendo gazação, dizendo que o "Deus da companheira" tinha nos salvado! (o que aconteceu não sei, o fato é que fomos os únicos que não fomos parados, e levávamos todo o material. Para mim, foi mesmo uma benção divina!)
No outro dia o grupo me deu a tarefa de tentar descobrir o que tinha acontecido, já que não tínhamos nenhuma comunicação.Mas tarde soubemos que os militares suspeitaram que estava chagando um exilado clandestinamente no país.
Do encontro eu guardo o sentimento de irritação e cansaço que tive por uma discursão que durou uma manhã a cerca da natureza do evento.Se era um congresso, uma convergência, um seminário...
De inesquecível a imagem que não se perde de Prestes (ou do Comandante) sentado no banquinho no final da tarde me dizendo "A juventude vai na frente fazendo a fanfarra e os trabalhadores vêm logo atrás fazendo a revolução, as duas frentes são impressindíveis".
A Companheira Bete é, na verdade, Maria Moraes (ou Mara para amigos e familiares), minha querida madrinha, foi militante do movimento operário em Salvador, na época da ditadura militar. Dinda Mara, essa pessoa meiga, que é um dos grandes orgulhos de minha vida, me ensinou tudo o que sei sobre revolução e ser revolucionário, espero poder escrever algumas de suas aventuras aqui, ou compartilhar um pouco do que me foi ensinado!